quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Transtorno bipolar...



Olá, olá, olá pessoas!!! Há quanto tempo não!?
Como tudo na minha vida que começo e não termino - ou abandono - acabei esquecendo do blog, mas estou aqui novamente, pra falar sobre um assunto muito sério. Assunto esse que faz parte da minha vida, da minha história, que me define...

Este ano fui diagnosticada com Transtorno Bipolar, Distúrbio do Sono, Ansiedade e Compulsividade. Quanta coisa para uma pessoa só, né!?

Pois é... depois de 23 anos sendo julgada, ouvindo opiniões negativas, piadas, enfrentando preconceito, finalmente descobri qual é meu problema e que, não sou a chata, mau humorada, preguiçosa e sem opinião que todos sempre me falaram, porque simplesmente sou... tem algo por trás, algo muito sério que, apesar de estar em tratamento, não é NEM UM POUCO FÁCIL de conviver.

E mesmo sabendo o que tenho, ouvindo opiniões de Psicólogos e Psiquiatras, nada como dar uma pesquisada mais a fundo sobre o assunto. Graças a Deus não estou sozinha nessa, tenho minha mãe me dando todo o apoio necessário, pesquisando e sabendo cada vez mais sobre o assunto e me ajudando a sair do fundo do poço. Tenho também meu namorado, que faz o que for preciso para me ajudar, compreendendo todas as minhas crises bipolares e entendendo que NADA é de propósito!

E mesmo tendo estes "probleminhas" citados acima, sou SIM, uma pessoa fantástica, sou autodidata, sei fazer muuuuitas coisas e nunca nem se quer peguei uma revistinha pra aprender, sai tudo de dentro da minha cabeça. Sou extremamente inteligente, meu QI é acima do normal comprovado com testes. Sou uma pessoa que converso sobre qualquer assunto, com uma compreensão boa. Enfim... tenho lá minhas qualidades que, assim como esses transtornos que me diferem das outras pessoas, me tornam diferente. O famoso "Eu não sou como todo mundo!"

Enfim... depois de pesquisar bastante, tive a ideia de compartilhar minha pesquisa sobre bipolaridade com vocês para que possam compreender melhor não só a mim, mas tantas outras pessoas que tem certas atitudes que achamos fora do normal e que muitas vezes nem sonham que sofrem o mesmo que eu.

Leiam com atenção, porque isso É UMA DOENÇA e é séria!

Boa leitura para vocês!

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Transtorno Bipolar: a vida na montanha russa

Fontes de pesquisa: Hospital Albert Einstein (www.einstein.br/); Dr. Drauzio Varella (drauziovarella.com.br); Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (www.abtb.org.br); Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), (www.unifesp.br)


O transtorno bipolar de humor é uma doença psiquiátrica que atinge cerca de 3% da população mundial, e está no terceiro lugar da lista das doenças que afastam brasileiros do trabalho, perdendo apenas para a depressão e a esquizofrenia segundo levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em novembro de 2007. No passado, o transtorno bipolar era conhecido pelo nome de psicose maníaco-depressiva. De qualquer modo, a palavra psicose não era de todo descabida porque, durante a crise, algumas pessoas ficam realmente psicóticas, ou seja, apresentam uma afecção muito grave da psique com alucinações e delírios, o grau extremo desse transtorno de humor. A partir do momento, porém, em que essa afecção grave recebe tratamento eficaz e adequado, o quadro torna-se benigno a tal ponto que é possível conviver com pessoas portadoras de transtorno bipolar de humor sem identificar o problema.

Essa doença se caracteriza pelas oscilações abruptas de humor, com episódios de depressão e mania. Primeiro a angústia, o desânimo, a falta de vontade de se levantar da cama. Depois vêm a animação, extrema, auto confiança, sensação de poder, vontade de fazer mil coisas ao mesmo tempo. Apesar de bem no início a sensação de euforia, de prazer, de energia, de percepção aguçada, inteligência viva e criatividade ser muito agradável, ela pode representar perigo, chegando a constituir, no passado, uma das causas importantes de mortalidade.  O puerpério é uma fase em que é maior o risco de surgirem quadros de depressão e euforia

Uma das principais evidências de que a doença está relacionada às reações químicas do cérebro é que os remédios dão resultado. Entretanto, o mecanismo de funcionamento da doença é um processo extremamente complexo. Ainda não há certezas sobre neurotransmissores ou reações químicas que estejam envolvidas no desencadeamento da doença. O que se sabe é que alterações da serotonina e da noradrenalina cerebrais estão relacionadas à depressão e a dopamina é o neurotransmissor mais relacionado aos episódios de mania.

“Não tinha ideia do que estava acontecendo comigo. Ia trabalhar todos os dias, mas, quando o ponteiro marcava três horas, era como se fosse um relógio biológico, eu precisava largar tudo o que estivesse fazendo e sair correndo para casa. Porque era insuportável continuar. Eu me jogava na cama e apertava o edredom contra meu peito, a sensação era que ele estava completamente aberto, sem nenhum tipo de proteção e coisas poderiam escapulir dali. Doía muito e o cobertor me dava segurança. Pouco depois, soube que isso se chamava angústia.” 

Esse é um trecho da autobiografia* de uma jornalista que só descobriu ser bipolar depois de casada e mãe de dois filhos. O diagnóstico tardio, inclusive, é um dos principais problemas no tratamento. Ainda é comum um bipolar ser visto como apenas um depressivo, quando na verdade, vai de um extremo a outro.

A transição abrupta entre as fases depressivas e maníacas é chamada pelos médicos de virada de humor. Os episódios de mania e depressão podem variar em dias, semanas ou até meses. Durante a depressão, as sensações são de diminuição da energia, redução ou até incapacidade de sentir prazer, melancolia, desesperança e pensamentos pessimistas ou negativos, que podem incluir a ideia de suicídio. Os episódios de mania geralmente envolvem sensação aumentada de energia e poder, aceleração da velocidade do pensamento, diminuição da necessidade de sono, ideias de grandiosidade e comportamentos desinibidos e pouco críticos, que podem resultar em gastos excessivos, por exemplo. Muito do que se faz nessa fase, os bipolares nem sequer sonhariam em fazer no estado normal de humor. A relação entre transtorno bipolar de humor –euforia e melancolia – e criatividade já era abordada por Aristóteles que indagava (pelo menos, a pergunta é atribuída a ele) por que tantos homens ilustres da filosofia, da matemática e das artes apresentavam essa característica. De acordo com alguns depoimentos, estados depressivos favorecem a percepção de um universo que em estado normal seria impossível apreender e a euforia estimula a criatividade. No entanto, pesquisas realizadas nos últimos 20 anos, sugerem que essa hipótese não é verdadeira. Elas apontam que, na maioria dos casos, a criatividade é uma característica genética encontrada também nos parentes próximos que não são doentes .

Quem estudou esse tema de forma bastante original foi Kay Jamison, uma psicóloga portadora de transtorno bipolar e uma das personalidades mais conhecidas na área. Em seu livro autobiográfico “Uma mente inquieta”, publicado há alguns anos e traduzido para o português, a autora relata que só se acertou na vida quando se deu conta do que tinha e pôde tomar medidas preventivas e de precaução, como tomar lítio, que evitassem as crises.
Em outro livro, “Touched with Fire”, ainda não traduzido para o português, ela analisa a biografia de grandes líderes políticos, religiosos, militares, intelectuais e artistas, e registra o que falavam e sentiam nos momentos de depressão e de euforia. Um escritor inglês, por exemplo, julgava a depressão não uma inspiração dos deuses, mas uma poeira que recobria o cérebro. Van Gogh, que se matou aos 37 anos com um tiro no peito, atravessava um período de extrema melancolia quando pintou seu último quadro – corvos num campo de trigo. No verão daquele mesmo ano, atravessando uma fase de grande euforia, o tema de um quadro psicodélico é uma fantástica noite estrelada. Diante das possibilidades de tratamento que existem hoje, teria sido oferecido a Van Gogh, no mínimo, o direito de optar se desejava continuar pintando obras-primas nos estados de euforia e depressão ou se preferia tomar lítio, acalmar as crises e não correr o risco de morrer precocemente.


Para desencadear uma crise não há motivos ou situações específicas. O estopim pode estar relacionado ao estresse, tanto positivo quanto negativo. Perder o emprego, se divorciar ou mesmo casar e receber uma promoção no trabalho podem ser fatores com potencial para provocar uma crise de mania ou depressão. “Nos pacientes em tratamento, o uso irregular ou mesmo a interrupção da medicação são um fator importante para que novos episódios da doença voltem a se manifestar”, enfatiza o dr. Sérgio Nicastri, psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

Geralmente há na família de um bipolar mais pessoas com diagnóstico da doença, comprovando que há a possibilidade de um fator genético, entretanto não há comprovação científica desse fato. Os fatores ambientais também influenciam na manifestação da doença. O acesso e consumo de substâncias lícitas e ilícitas que interferem no humor são mais fáceis hoje em dia, por exemplo.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor para o paciente, sua família e amigos. O fato é que alguém que tenha depressão vai procurar ajuda porque se sente mal. Porém, a pessoa que passa por crises de euforia sente-se muito bem – até demais – para achar que esse estado inspire cuidados médicos. Isso pode atrasar a procura por ajuda e, conseqüentemente, o tratamento. É uma barreira explicar e convencer alguém de que aquele estado de energia intensa, por mais agradável que pareça, é uma doença, por conta dos riscos a que a pessoa se expõe, como a impulsividade que leva a comportamento sexual desinibido, o suicídio, entre outros atos impensados.

Familiares e amigos podem ajudar o psiquiatra nesses casos, sinalizando comportamentos não habituais. Nos casos de gradação leve da doença, a chamada hipomania – quando o paciente é tímido e se torna extrovertido, por exemplo –, quem convive com a pessoa deve sinalizar ao médico que normalmente ela não se comporta daquela maneira. Entretanto, para o paciente é difícil perceber que essas mudanças no comportamento são manifestações do transtorno, mesmo que em grau leve.

Assim como uma série de outras doenças, o transtorno bipolar não tem cura, mas controle. É como ter hipertensão ou diabetes: a doença continua ali, mas o paciente aprende a reconhecer sinais, controlar e conviver com ela, enquanto leva uma vida normal. 

Os medicamentos mais utilizados atualmente são o lítio e alguns anticonvulsivantes, pois mostram bons efeitos na estabilização do humor. Algumas vezes, podem ser indicados também antidepressivos, mas com ressalvas porque podem, em vez de trazer o paciente para um estado de normalidade de humor, induzir à crise de euforia. Medicamentos conhecidos como antipsicóticos, sobretudo alguns desenvolvidos mais recentemente, têm sido empregados como estratégia para obter a estabilização de humor.

Além dos medicamentos, a terapia pode ajudar a pessoa a entender que tem uma doença e a aceitar o tratamento. É dar-se conta de como funciona o transtorno e saber diferenciar o que é normal do que foge do controle.



Principais sintomas da bipolaridade que surgem a partir da adolescência:

Se for assimilado mais de 20 itens da lista a seguir, a pessoa deve procurar ajuda psiquiátrica e com certeza será diagnosticada com bipolaridade. (deixarei em vermelho os itens que fazem parte da minha vida, comportamento e jeito de ser)

1- Fica aflito demais quando separado da família;
2- Demonstra ansiedade ou preocupação excessiva;
3- Tem dificuldade para levantar-se pela manhã;
4- Fica hiperativo e excitável à tarde;
5- Tem sono agitado ou dificuldade para conciliar o sono;
6- Tem terror noturno ou acorda muitas vezes no meio da noite;
7- Não consegue concentrar-se na escola;
8- Tem caligrafia pobre;
9- Tem dificuldade em organizar tarefas;
10- Tem dificuldade em fazer transições;
11- Reclama de sentir-se aborrecido;
12- Tem muitas ideias ao mesmo tempo;
13- É muito intuitivo ou muito criativo;
14- Distrai-se facilmente com estímulos externos;
15- Tem períodos em que fala excessiva e muito rapidamente;
16- É voluntarioso e recusa-se a ser subordinado;
17- Manifesta períodos de extrema hiperatividade;
18- Tem mudanças de humor bruscas e rápidas;
19- Tem estados de humor irritável;
20- Tem estados de humor vertiginosamente alegres ou tolos;
21- Tem ideias exageradas sobre si mesmo ou suas habilidades;
22- Exibe um comportamento sexual inapropriado;
23- Sente-se facilmente criticado ou rejeitado;
24- Tem pouca iniciativa;
25- Tem períodos de pouca energia, ou alheamento, ou se isola;
26- Tem períodos de dúvida sobre si mesmo ou de baixa estima;
27- Não tolera demoras ou atrasos;
28- Persegue obstinadamente suas próprias necessidades;
29- Discute com adultos ou é mandão;
30- Desafia ou se recusa a cumprir regras;
31- Culpa os outros por seus erros;
32- Enerva-se facilmente quando as pessoas impõem limites;
33- Mente para evitar as consequências de seus atos;
34- Tem acessos de raiva ou fúria explosivos e prolongados;
35- Tem destruído bens intencionalmente;
36- Insulta cruelmente com raiva;
37- Calmamente faz ameaças contra outros ou contra si mesmo;
38- Já fez claras ameaças de suicídio;
39- É fascinado por sangue ou coágulos;
40- Já viu ou ouviu alucinações.


Bom, esse é resultado da minha pesquisa. Espero que quem me conhece bem, ou muito bem, compreenda melhor esse meu "jeitinho de ser".
Beijos de cereja!

terça-feira, 29 de abril de 2014

O que irrita os homens?



Homens... pensa num ser que tira a gente do sério com suas manias, atitudes, comportamento...
Mas vocês mulheres tem que concordar comigo que, não somos nada santas!
Irritamos sim! Se duvidar irritamos até mais que eles. 
Perguntando para alguns amigos e pesquisando daqui e dali, fiz uma lista de 30 atitudes NOSSAS que irritam e muito, nossos parceiros.
Sim... NOSSAS, não é porque estou fazendo o texto que não peco em uma coisa ou outra. rsrsrs

Enfim... vamos à lista.